Milão, na Itália, registra 32,5% de cancelamento de viagens em 3 dias
Nos últimos três dias, 32,5% dos passageiros cancelaram seus bilhetes aéreos para Milão, na região da Lombardia, na Itália, a cidade mais afetada pelo surto do coronavírus no país europeu, segundo informações passadas à Agência EFE por fontes da empresa que administra os aeroportos Milão Linate e Milão Malpensa.
A cidade, considerada a capital financeira italiana, sofre as consequências do medo da propagação do vírus, que teve origem na China e causou 21 mortes em território italiano, de acordo com os últimos dados oficiais da Defesa Civil, divulgados hoje.
Entretanto, Milão não é a única atingida. O Aeroporto Internacional Orio al Serio, em Bergamo, também na Lombardia, divulgou que sofreu com o cancelamento de 30% dos voos na última semana.
A Aeroporti di Roma S.p.A (ADR), controlada pela concessionária Atlantia e responsável pela gestão dos aeroportos da capital italiana, afirmou à EFE que está coletando dados da última semana, mas até agora contabilizou 50 mil passageiros a menos no último mês.
A Itália é o país mais afetado pelo coronavírus na Europa, especialmente nas regiões do norte, e os aviões estão voando cada vez mais vazios. Por isso, as companhias aéreas vêm optando por reduzir as frequências ou até mesmo cancelar certas rotas.
As desistências levaram a associação italiana que representa todos os gestores de aeroportos do país (Assaeroporti) a apelar à calma e dizer, em um comunicado, que os gestores de aeroportos estão acompanhando a situação de perto.
A companhia aérea italiana Alitalia, que está em falência desde maio de 2017, anunciou hoje que está cancelando 38 conexões domésticas e internacionais devido à menor demanda. Já a britânica EasyJet informou que vai suspender os voos para Itália devido à baixa procura, enquanto a IAG disse que não exclui a possibilidade de fechar as rotas para o país caso a crise de saúde se torne mais grave. Antes disso, a Iberia e a Vueling já haviam reorganizado a sua capacidade de voo para o país.
A Brussels Airlines reduziu as frequências em 30% nos voos para destinos como Milão, Roma e Veneza até 14 de março, e a Bulgaria Air suspendeu os voos de e para a capital da Lombardia até 27 de março.
E não para por aí. A companhia aérea húngara de baixo custo Wizz Air anunciou nesta quinta-feira que vai minimizar o número de voos da Bulgária para Itália em 60% a partir de 11 de março, enquanto a Lufthansa e a Air France-Klm também estão sofrendo o impacto dos cancelamentos no mercado italiano.
Nos Estados Unidos, a Delta Airlines anunciou em seu site oficial que os passageiros que compraram um voo para Itália para até 15 de março e quiserem mudar o destino poderão fazê-lo gratuitamente, uma medida também aplicada pela United Airlines, para voos para o norte do país programados até 30 de junho, e pela American Airlines, para voos comprados para até 15 de março.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.