Oposição no Paraguai apela ao Mercosul para Brasil liberar respiradores
Os materiais foram encomendados a uma empresa brasileira, mas o embarque foi confiscado em 18 de março, e o dinheiro foi devolvido, de acordo com o texto assinado por oito legisladores paraguaios do Parlasul no qual fizeram a solicitação.
Os politicos - sete do Partido Liberal e um da esquerdista Frente Guasu - alegam que a retenção é "absolutamente ilegal e um grave atentado aos direitos humanos fundamentais do povo paraguaio, membro do Mercosul".
"O Estado paraguaio pode adquirir tais respiradores de empresas brasileiras sem qualquer limitação, uma vez que isso é garantido pelo Tratado do Mercosul", afirma o texto.
O legislador da Frente Guasú no Parlasul, Ricardo Canese, disse nesta terça-feira à Agência Efe que nenhum regulamento interno dos países parceiros do Mercosul pode prevalecer sobre os do bloco regional, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Canese descreveu a retenção como "bárbara" e disse que o governo de Jair Bolsonaro "está se levantando contra o Tratado de Assunção", que deu origem ao Mercosul em 1991.
"Estamos pedindo aos demais colegas que se juntem a nós para deixar claro que as regras do Mercosul são válidas em todos os países e que este senhor (Bolsonaro) tem que respeitar os tratados", disse.
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