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Brasil é um dos países mais expostos a crimes na internet na América Latina

30/09/2020 03h20

Bogotá, 29 set (EFE).- Brasil, Argentina e México são os países da América Latina com maior riscos de ciberataques, tipo de delito que cresceu de maneira exponencial em toda a região nos últimos meses devido à pandemia de coronavírus, que aumentou a opção pelo teletrabalho.

Em meio a confinamentos provocados pelo vírus, a região relatou mais de 20,5 milhões de ataques cibernéticos a usuários domésticos entre janeiro e setembro, a maioria deles no Brasil, com 56% dos crimes, seguido pelo México, com 27,8%. Isso pode ser explicado pelo tamanho da população das duas nações, de acordo com dados do gigante russo da segurança online Kaspersky.

Os dois países são seguidos por Colômbia, com 7,33% das invasões e acessos a dados particulares, Peru (5,36%), Argentina (1,87%) e Chile (1,62%).

No entanto, ao comparar o número de ataques por número de usuários no país, o chamado "coeficiente de perigo", a nação mais afetada é a Argentina, seguida pela Colômbia e pelo Brasil.

"Podemos dizer que é na Argentina onde as pessoas vivem com menos segurança para os usuários domésticos, ou seja, há uma maior probabilidade de serem atacadas, enquanto o país mais seguro é o Chile", afirmou o diretor de pesquisa da Kaspersky para a América Latina, Dmitry Bestuzhev, em uma entrevista coletiva virtual concedida nesta terça-feira.

Mas apesar do aumento do trabalho remoto, o número de ataques a empresas ou negócios permanece no topo, com mais de 37 milhões de eventos entre janeiro e setembro. As companhias no Brasil são os alvos principais, com 56,25% do total), seguidas pelas de México (22,81%) e Colômbia (10,20%).