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Vários países da Opep apoiam aumento gradual da produção a partir de janeiro

30/11/2020 14h36

Moscou, 30 nov (EFE).- Vários países que integram da aliança Opep+ apoiam um aumento gradual da produção de petróleo a partir de janeiro de 2021, como compromisso para alcançar um acordo sobre o nível de bombeamento adequado para os próximos meses, conforme veiculou nesta segunda-feira a agência de notícias russa "TASS".

"Alguns países, inclusive a Rússia, querem aumentar gradualmente a produção a partir de janeiro", indicou uma fonte da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), consultada pelo veículo de notícias russo.

De acordo com as informações obtidas pela "TASS", essas nações defendem o argumento de que a situação no mercado de petróleo é mais favorável do que no início do ano, com a primeira onda da pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

Por outro lado, há países que preferem ampliar "por vários meses" o atual corte de 7,7 milhões de barris diários (mbd) para 2021, propondo uma prorrogação de três meses ou mais dos padrões atuais.

Segundo a "TASS", o Cazaquistão é um dos países que se mantém contrário a uma nova extensão do corte.

O atual acordo para redução na produção em 7,7 milhões de barris por dia (mbd) expira em 31 de dezembro. Depois disso, haveria um aumento de 1,9 mbd, um nível que, a princípio, deveria ser mantido até abril de 2022.

O aumento está previsto como a terceira e última etapa deste acordo, cuja primeira envolveu a retirada do mercado de 9,7 mbd - cerca de 10% da oferta mundial - entre maio e julho.

Em reunião informal por videoconferência realizada ontem pelo comitê interno para monitorar o cumprimento do corte, co-presidido pelo vice-primeiro ministro da Rússia, Alexander Novak, e pelo ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, não foi houve acordo.

Anteriormente, a "TASS" havia apontado que as autoridades dos dois países concordavam com a necessidade de estender o corte.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje que, apesar das diferenças entre os países da aliança, estas não são tão profundas como aconteceu em março, quando não se chegou a um acordo sobre o corte e uma guerra de preços ocorreu.

O representante do governo da Rússia também disse que o presidente do país, Vladimir Putin, não tinha planos de falar com os líderes da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos ou do Cazaquistão, antes da reunião dos ministros da aliança da Opep+. EFE

cae/bg