Índia envia carregamento de vacinas contra covid-19 ao Brasil
O Ministério das Relações Exteriores indiano confirmou à Agência Efe o envio depois da autorização governamental, mas evitou entrar em detalhes sobre o carregamento e o horário de saída.
Em entrevista coletiva, o porta-voz da pasta, Anurag Srivastava, anunciou que os primeiros "carregamentos contratuais" de vacinas de fabricação indiana terão como destino Brasil, Arabia Saudita, África do Sul, Marrocos, Bangladesh e Mianmar.
"Pelo que entendi, os carregamentos para Brasil e Marrocos já foram enviados", afirmou o porta-voz, sem detalhar o tipo das vacinas ou a quantidade por serem acordos bilaterais entre governos e empresas.
O governo brasileiro informou na quinta-feira que esperava receber hoje 2 milhões de doses da Covishield, vacina desenvolvida por AstraZeneca e Universidade de Oxford, fabricada no Instituto Serum da Índia, o maior fabricante de vacinas do mundo.
O Brasil havia fretado um voo na sexta-feira passada para buscar as doses, mas o envio foi vetado pelas autoridades indianas por coincidir com a campanha de imunização no país asiático.
Além dessa vacina, o Brasil anunciou interesse na aquisição de doses do imunizante Covaxin, desenvolvido pelo laboratório indiano Bharat Biotech, que recebeu uma licença para uso emergencial por parte dos reguladores da Índia, mas a fórmula ainda não concluiu os testes clínicos.
A empresa brasileira Precisa Medicamentos e o Bharat Botech anunciaram no dia 10 de janeiro a assinatura de um contrato para a aquisição de unidades da Covaxin.
A produção da Índia, considerada a "farmácia do mundo" pela capacidade de fabricação e baixo custo, é fundamental para as campanhas de imunização dos países em desenvolvimento. Diversos governos já demonstraram interesse em adquirir doses de vacinas fabricadas pelo país.
"As vacinas indianas são ótimas para os países em desenvolvimento já que são seguras e acessíveis", afirmou à Agência Efe o embaixador do Equador em Nova Délhi, Héctor Cueva Jácome.
Os preços da Covishield e da Covaxin, entre as mais baratas do mundo, gira em torno de US$ 3 e US$ 5 por unidade, uma alternativa bem mais acessível em relação a outras fórmulas, que podem custar cerca de US$ 20.
"É preciso levar em consideração que a imunização vai levar tempo, motivo pelo qual é preciso estabelecer um plano de vacinação a longo prazo que não afete mais a economia dos países", comentou o embaixador equatoriano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.