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Central sindical uruguaia convoca celebração descentralizada para 1º de maio

09/04/2021 18h25

Montevidéu, 9 abr (EFE).- A central sindical uruguaia PIT-CNT pediu nesta quinta-feira uma celebração "descentralizada" do Dia do Trabalhador, em 1º de maio, devido ao aumento progressivo dos casos de coronavírus no país.

De acordo com o PIT-CNT em seu site, o secretário-geral da central, Marcelo Abdala, convidou os uruguaios a mostrarem o orgulho de pertencer à classe trabalhadora em suas casas.

"'Aqui vive um trabalhador' ou 'nesta casa somos trabalhadores'", seriam alguns dos slogans sugeridos pelo sindicato para os uruguaios pendurarem em suas sacadas, janelas ou telhados por todo o país, semelhante a alguma iniciativa de grupos feministas no dia 8 de março.

Abdala frisou a importância de comemorar o Dia do Trabalhar com todas as medidas de saúde recomendadas no combate à pandemia e disse que trabalho é saúde e qualidade de vida. Ele também quer uma manifestação "clara e contundente" de solidariedade e apoio às cozinhas de sopa, organizadas em muitos bairros e localidades do país para alimentar milhares de uruguaios. "Elas não tê medidas de proteção suficientes por parte do Estado", criticou.

"É uma mobilização? Sim, é. Mas não será um aglomerado", em referência à lei atualmente em vigor contra a aglomeração de pessoas por razões de saúde e que limita o artigo 38 da Constituição, que regulamenta o direito de reunião.

No texto publicado no site da central sindical, o secretário-geral falou sobre a necessidade de o governo de Luis Lacalle Pou convocar um diálogo nacional para analisar e atenuar a emergência econômica e social causada pela crise sanitária. Ele ainda lamentou profundamente que isso não tenha acontecido até agora.

"Aqueles de nós que propomos o diálogo estamos oferecendo nosso compromisso de fazer o melhor para encontrar soluções para o país e sair desta pandemia", destacou Abdala, que lembrou que há famílias que "ficaram sem nada e ainda não há renda básica na emergência".

O Uruguai vive o seu pior momento na pandemia, com um aumento progressivo de infecções e mortes. Desde 13 de março de 2020, quando a emergência sanitária foi declarada no país vizinho, houve 130.657 casos dos quais 28.141 estão ativos, com 437 pacientes em terapia intensiva, e 1.275 mortes, de acordo com o último relatório do Sistema Nacional de Emergência (Sinae).