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Morre Max Mosley, ex-presidente da FIA, aos 81 anos

24/05/2021 17h31

Londres, 24 mai (EFE).- O britânico Max Mosley, ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), morreu, aos 81 anos de idade, segundo confirmou nesta segunda-feira Bernie Ecclestone, ex-diretor executivo da Fórmula 1 .

Polêmico e conhecido por defender a privacidade contra os jornais britânicos - que divulgaram fotos de uma orgia da qual participou em 2008 -, Mosley presidiu a FIA de 1993 a 2009, período em que protagonizou conflitos com os donos das equipes.

"É como perder um membro da família, um irmão. Ele fez muitas coisas boas, não só pelo esporte do automobilismo, mas por toda a indústria", disse Ecclestone à emissora "BBC".

Ecclestone destacou também que Mosley "era muito bom ao garantir que fossem construídos carros seguros".

Um dos principais legados deixados pelo dirigente na FIA foram as reformas para assegurar uma maior segurança na Fórmula 1 após o acidente que tirou a vida de Ayrton Senna, no Grande Prêmio de San Marino, em 1994.

Mosley nasceu em Londres, em 1940, e era filho do líder fascista britânico Oswald Mosley, que defendia a aproximação à Alemanha nazista antes do início da 2ª Guerra Mundial.

Desde jovem, envolveu-se com o mundo do automobilismo e chegou a competir como piloto na Fórmula 1 pelas escuderias Brabham e Lotus, antes de se aposentar, em 1969.

Em 2008, venceu nos tribunais um processo contra o jornal sensacionalista "News of the World", que havia divulgado fotos e vídeos de sua participação em uma sessão sadomasoquista com temática militar.

O jornal descreveu o ato como uma "orgia nazista", mas a justiça determinou que não havia simbologia nazista nas imagens e que não eram de interesse público, motivo pelo qual o veículo foi condenado a indenizar Mosley. Após o caso, tornou-se um ativista pelo direito à privacidade e contra a imprensa sensacionalista britânica.