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Duque pede à OCDE para mediar envio de vacinas aos países em desenvolvimento

27/05/2021 20h36

Paris, 27 mai (EFE).- O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu nesta quinta-feira à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que atue como mediador para levar mais vacinas contra a covid-19 aos países em desenvolvimento, sob a forma de empréstimos de doses enquanto não chegam as remessas solicitadas.

Em seu discurso no 27º Fórum Internacional da OCDE sobre América Latina e Caribe, ele explicou que um dos pedidos que seu governo fez foi que "países amigos e aliados com excedentes" de doses das vacinas possam "nos emprestar" algumas, que seriam depois devolvidas quando chegassem as solicitados aos fabricantes.

"É importante que a OCDE também possa facilitar sua capacidade de unir as duas ligações para encontrar soluções", afirmou.

O mandatário colombiano destacou que "é urgente" buscar soluções para a situação gerada, pois "os países mais desenvolvidos compraram quatro, cinco ou seis vezes o tamanho de sua população em vacinas" enquanto "mais de 70 países não administraram a primeira dose".

"Todos os países tiveram que competir por cotonetes, depois por reagentes, tivemos que competir por ventiladores e agora também competir por vacinas", disse Duque.

Ele considerou que tudo isto representa um fracasso do sistema multilateral, e apelou para "um fortalecimento vertiginoso do multilateralismo", querendo que haja "um sentimento de equidade" e "para que a iniciativa Covax possa avançar".

É necessária uma solução porque apesar da melhoria da situação sanitária "a pandemia não acabou, temos que continuar a nos proteger" e "temos que avançar com a vacinação em massa", alertou.

Duque resumiu o forte golpe econômico e social que a pandemia causou nos países latino-americanos e listou as principais medidas aplicadas por seu governo para amortecer o choque.

Mas também pediu à OCDE que tivesse uma voz "clara" em defesa do fato que "os países não podem continuar a ser avaliados por agências de classificação de risco com critérios pré-pandêmicos".

"Precisamos que todos os organismos multilaterais tenham consciência de que os mercados emergentes podem sofrer muito com uma eventual elevação das taxas de juros nos Estados Unidos", alertou.

Ainda mais porque nos próximos anos haverá uma "competição acirrada" para levantar financiamentos por meio de dívidas. "Mais uma razão para termos as melhores ferramentas financeiras" nas organizações econômicas internacionais, afirmou.