Senado dos EUA chega a acordo para evitar calote na dívida do governo federal
Senadores democratas e republicanos chegaram a um acordo para elevar o teto do endividamento do governo federal e evitar que o país suspenda pagamentos da dívida no dia 18 de outubro, anunciou nesta quinta-feira o líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer.
O acordo permitirá elevar o limite da dívida até 3 de dezembro e evitar o temido calote, o que poderia desencadear o caos nos mercados financeiros e reduzir a notação de solvência dos EUA.
"Chegamos a um acordo para ampliar o limite máximo da dívida até o início de dezembro", anunciou Schumer.
O democrata disse que o Senado poderá votar nesta quinta-feira um projeto de lei para resolver a questão, mas ainda não foi determinado um prazo para a votação. Para se tornar lei, o projeto precisa ainda da aprovação da Câmara dos Representantes, de maioria democrata.
Logo após Schumer ter anunciado o acordo, o Dow Jones Industrials, principal índice de Wall Street, subiu 540 pontos, ou 1,56%, enquanto o Nasdaq Composite, que lista as principais empresas de tecnologia, subiu 1,43%.
A aproximação entre os dois partidos vem depois de o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, ter oferecido aos democratas um acordo na quarta-feira para encontrar uma solução temporária.
McConnell explicou que estava disposto a elevar o limite da dívida até dezembro deste ano, em vez de até dezembro do ano que vem, como queriam os democratas, que não querem falar sobre o assunto durante a campanha para as eleições legislativas de novembro de 2022.
Nesta quinta-feira, McConnell disse que os democratas e republicanos "negociaram a noite toda de boa-fé" e determinaram os detalhes do acordo.
"A maioria (democrata) não tinha um plano para evitar o descumprimento da dívida, por isso demos um passo à frente", argumentou o republicano, quase se vangloriou pelo plano bem-sucedido.
Os republicanos têm grande poder no Senado porque podem bloquear as leis e impedi-las de chegar a uma votação, uma vez que é necessário o apoio de 60 senadores para aprovar qualquer lei e a câmara alta está atualmente dividida ao meio, com 50 assentos para os republicanos e 50 para os democratas.
Os democratas, no entanto, têm a maioria porque têm o voto de desempate da vice-presidente do país, Kamala Harris, que exerce como presidente do Senado.
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