Zelensky acusa Alemanha e Hungria de bloquear embargo energético à Rússia
O presidente ucraniano alegou que os países europeus que continuam adquirindo petróleo russo estão favorecendo sua economia "graças ao sangue de outros".
"Alguns de nossos amigos e parceiros, por outro lado, entenderam que os tempos mudaram, que não estamos mais enfrentando um problema de negócios e dinheiro. Estamos diante de uma questão de sobrevivência", declarou Zelensky.
"Os Estados Unidos, o Reino Unido e alguns países europeus estão tentando ajudar, e de fato estão ajudando, mas ainda precisamos que eles façam isso mais rápido e mais cedo", acrescentou.
Ao abordar a situação na cidade portuária de Mariupol, sob intenso bombardeio russo por semanas, Zelensky afirmou que, "além das dezenas de milhares de pessoas que morreram, muitas outras desapareceram".
"Sabemos que seus documentos foram substituídos. Eles receberam passaportes russos e foram enviados para a Rússia profunda. Alguns para campos, outros para outras cidades. Ninguém sabe o que está acontecendo com essas pessoas. Ninguém sabe quantos foram mortos", comentou.
Nesse sentido, enfatizou que as atrocidades aparentemente perpetradas pelas tropas russas em Mariupol, Bucha e outros lugares na Ucrânia reduziram as chances de sucesso das negociações de paz com Moscou.
Na entrevista, o presidente ucraniano também defendeu sua gestão nas semanas anteriores à invasão russa, quando seu governo pediu que os ucranianos mantivessem a calma e tentou esfriar as perspectivas de um ataque.
Zelensky explicou que naqueles dias seu Executivo estava trabalhando para fechar acordos que lhe permitissem adquirir armas e outros suprimentos, bem como evitar que o pânico se espalhasse entre a população.
"Isso é o que a Rússia queria, e não apenas a Rússia, mas não deixamos isso acontecer", ressaltou.
"Eles podem nos destruir, mas vamos revidar. Eles podem nos matar, mas também vão morrer. Não consigo entender por que eles vieram", finalizou Zelensky. EFE
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