Alemanha declara alerta no plano emergencial de gás por queda no fornecimento
"O gás, a partir de agora, é um bem escasso", admitiu o ministro da Economia e Clima, Robert Habeck, em entrevista coletiva.
Atualmente, os estoques alemães estão 58% mais cheios do que no ano passado, de acordo com dados oficiais.
Habeck garantiu que os diferentes cenários elaborados pela Agência Federal de Redes, levando em conta a redução atual de 60% do fornecimento, através do gasoduto Nordstream 1, colocam o país em uma situação de depósitos vazios no inverno.
A estação mais fria do ano, na Alemanha, tem início em dezembro e perdurá até março do ano seguinte.
O ministro lembrou que o nível de alerta, segundo as regras da União Europeia, é atingido quando acontece uma interrupção do fornecimento de gás ou uma demanda excepcionalmente alta, que provoque piora considerável no abastecimento.
Neste nível, o mercado segue sendo capaz de fazer frente a essa interrupção ou alta demanda, sem necessidade de adotar medidas não baseadas no mercado.
"É verão, mas o inverno chegará", advertiu Habeck.
O ministro lamentou as "negligências" dos últimos anos, que colocaram o país na atual situação, não se referindo apenas à dependência do gás da Rússia, mas também ao ritmo do desenvolvimento de energias renováveis.
Habeck garantiu que o governo atual faz tudo o que é possível para reduzir o impacto e manter a segurança do fornecimento.
A prioridade, segundo o ministro, é aumentar as reservas, buscar fornecimentos de gás alternativos, construir infraestrutura necessária e acelerar o desenvolvimento das energias renováveis, além de reduzir o consumo, indicou.
De acordo com Habeck, para reduzir o consumo de gás na geração de eletricidade, o governo visa recorrer às centrais elétricas de carbono na reserva, o que classificou de medida "dolorosa" do ponto de vista climático.
O ministro alemão garantiu que a redução do fornecimento pela Rússia, desde 14 de julho, é utilizada pelo presidente do país, Vladimir Putin, como "arma" contra a Alemanha, com o objetivo de destruir a unidade da Europa, além da a solidariedade e disposição de ajudar a Ucrânia.
Desde 30 de março, o governo alemão trabalhava com uma fase de alerta preliminar, medida preventiva diante de uma possível escalada e uma interrupção do fornecimento russo.
Já na época, o Executivo de Berlim já havia garantido que o abastecimento estava garantido. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.