EUA anunciam acordo com a China para exportar carne bovina e gás natural
A China vai finalmente abrir suas fronteiras para a carne bovina dos Estados Unidos, que estão fechadas desde 2003. Em contrapartida, o frango chinês está próximo de chegar ao mercado americano como parte de um tratado entre os dois países que começou a ser negociado entre os presidente Donald Trump e Xi Jinping, em Washington, em abril. O anúncio do acordo foi feito na noite desta quinta-feira (11) pelo secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross.
O tratado é considerado pela gestão Trump como um passo significativo nos esforços para aumentar as exportações dos Estados Unidos e reduzir o déficit comercial do país com os chineses. Ross disse que o acordo foi uma "conquista hercúlea" forjada em tempo recorde. "É o máximo já feito em toda a história das relações comerciais entre Estados Unidos e China. Normalmente, acordos de comércio são fechados em anos, não em dias."
A China baniu a carne bovina dos Estados Unidos após casos de vaca louca em 2003 - Bush e Obama tentaram, mas não conseguiram retomar as transações.
O acordo permite também que companhias americanas enviem gás natural liquefeito aos chineses e abrange áreas que vão da agricultura à energia, passando pela operação de companhias financeiras dos EUA na China.
Trump fez dos grandes déficits comerciais e especificamente do desequilíbrio nas contas com a China uma das questões principais de sua campanha. O presidente americano tem dado atenção especial ao tema nos últimos dias. Ele argumentou que os déficits comerciais permanentes custaram milhões de empregos em indústrias e comprometeram o país a assumir uma postura mais dura em negociações para reduzir os desequilíbrios.
O deficit comercial dos Estados Unidos em bens e serviços com a China totalizou US$ 310 bilhões no ano passado, de longe o maior desequilíbrio com qualquer país. Essa quantia representa 60% de todo o déficit comercial norte-americano.
A China está tentando usar o gás natural para reduzir sua dependência do carvão e combater a poluição. Isso permitiria à China diversificar sua oferta e abrir um mercado significativo para fornecedores americanos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.