Forte queda de março quebra uma tendência de crescimento nos serviços, diz IBGE
"O setor de serviços de certa forma acompanhou também a queda observada no setor industrial, que foi de 1,8% em março. O segmento sempre tende a acompanhar essa tendência do setor industrial", justificou Roberto Saldanha, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
O resultado de março interrompe uma sequência de quatro meses sem retrações.
"Durante esse período o setor industrial também estava apresentando crescimentos marginais", lembrou Saldanha.
"O setor de serviços vinha mantendo também esse nível de crescimento. A gente podia até afirmar que estava tendo reversão, muito embora ainda num patamar muito abaixo dos outros meses. Não vou dizer que o resultado de março anula os outros crescimentos, mas uma queda é sempre um resultado não satisfatório. Ele quebra uma tendência de crescimento", completou Saldanha.
Na passagem de março ante fevereiro, os recuos nos segmentos de serviços profissionais e transportes foram os principais responsáveis pela queda na média global. Juntos, eles respondem por cerca de 55% da pesquisa.
Os Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio encolheram 1,1% em março ante fevereiro, enquanto os Serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram redução de 0,8%. Os Serviços de informação e comunicação caíram 0,4%; Outros Serviços diminuíram 1,2%; e os Serviços prestados às famílias tiveram recuo de 2,1%.
"O segmento de serviços prestados às famílias é sensível a essa questão do não crescimento da renda do trabalhador e do aumento do desemprego", justificou Saldanha.
Já o agregado especial das Atividades turísticas apresentou crescimento de 0,9% na comparação com o mês imediatamente anterior.
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