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Professor alemão pede liminar para isentar Berlim de compras de bônus do BCE

Berlim

30/05/2017 07h47

Um professor universitário de Berlim entrou na Justiça com um pedido de liminar para encerrar o envolvimento da Alemanha no programa de compras de bônus soberanos do Banco Central Europeu (BCE), conhecido como QE pela sigla em inglês.

O pedido, que foi enviado para a principal corte do país, mostra o desejo de alguns alemães de sabotar o programa de 2,3 trilhões de euros (US$ 2,57 trilhões) que, segundo eles, subsidia governos do sul da Europa e prejudica os contribuintes, pensionistas e pequenas empresas da Alemanha.

A iniciativa veio em meio a temores de que o Tribunal Constitucional da Alemanha não julgue sobre a legalidade do QE antes que seja muito tarde para interrompê-lo, segundo Markus Kerber, advogado e professor de finanças públicas da Universidade Técnica de Berlim que solicitou a liminar.

Recente decisão do BCE de prorrogar o QE elevou os riscos para o Bundesbank - como é conhecido o banco central alemão - e para o governo da Alemanha, diz Kerber.

A Justiça alemã não pode interromper o QE diretamente, mas pode evitar a participação do Bundesbank, que responde por cerca de um quarto do capital do BCE.

Kerber alega ter agido em nome de vários líderes empresariais alemãs, incluindo Reinhold von Eben-Worlée, presidente da associação alemã de empresas controladas por famílias.

A corte recebeu o pedido de liminar ontem e ainda não há uma data para o caso ser julgado, segundo um porta-voz. Fonte: Dow Jones Newswires.