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Rodrigo Maia diz que BNDES beneficia poucos em detrimento de muitos

Carla Araújo e Rafael Moraes Moura

Brasília

20/06/2017 21h51

O presidente da república em exercício, Rodrigo Maia, aproveitou o discurso em um seminário sobre segurança pública para fazer criticas indiretas ao delator Joesley Batista, ao citar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) favorece poucos empresários. "O Brasil vem há muito anos privilegiando poucos em detrimento da maioria da população brasileira; e tenho reafirmado esse tema na Previdência", disse. "Digo também no sistema financeiro, o BNDES beneficia poucos em detrimento de muitos, muitos pequenos e médios empresários que poderiam gerar milhões de empregos", completou.

A narrativa coincide com a versão divulgada nesta terça-feira, 20, em vídeo pelo presidente Michel Temer que antes de viajar para a Rússia disse que seu governo cortou "práticas que permitiam a criminosos crescer à sombra dos ilícitos e do dinheiro público jorrado sem limite e com juros camaradas. E muita gente não gostou disso". Temer também não citou diretamente Joesley.

Maia disse ainda que o Brasil hoje vive "a falência de muitas coisas". "A falência do nosso sistema político eleitoral, a falência do sistema fiscal do governo federal dos Estados e municípios, a falência da nossa Previdência", disse.

O presidente em exercício destacou também que o País atravessa uma série de crises. "Hoje vivemos crises que não são pequenas e são enormes e a cada um de nós, e todos os brasileiros, cabe construir soluções. Vamos precisar, neste momento de crise aguda que vivemos, reconstruir o nosso País em varias áreas", disse.

No seminário, que aconteceu no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), entidade que tem como sócio o ministro do STF Gilmar Mendes, Maia destacou ainda que o governo federal tem cada vez mais assumido a responsabilidade pela segurança pública. "O Brasil precisa de uma refundação e o tema de segurança é uma prioridade de todos nós", destacou, ressaltando que o Congresso Nacional estará pronto para colaborar com leis e com o novo marco de segurança pública.