Espero ver alta nas taxas de longo prazo conforme balanço diminui, diz Yellen
Logo no início de sua fala no Senado, Yellen destacou que é importante seguir com reformas financeiras nos EUA. No mês passado, a Câmara dos Representantes aprovou uma medida que reformula o sistema financeiro americano, desmantelando boa parte da lei Dodd-Frank. No entanto, a dirigente ressaltou que a adoção de "algumas" recomendações do governo de Donald Trump aumentariam as chances de uma crise financeira, com a presidente do Fed dizendo que "nunca podemos estar confiantes de que não haverá uma outra crise financeira", apesar de ter dito, semanas atrás, que não esperava ver outras crise "em nossas vidas".
Segundo Yellen, a política fiscal em curso nos EUA é "insustentável" e o nível de incerteza quanto às medidas fiscais planejadas pelo governo Trump está "muito alto neste momento". Para ela, um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) americano seria algo "maravilhoso", apesar de "desafiador". Desde que assumiu a Casa Branca, o presidente Donald Trump sustenta que pode conseguir um crescimento sustentável de 3% nos EUA caso suas medidas de reforma tributária, reforma no sistema de saúde e investimentos em infraestrutura forem implementadas.
"3% de crescimento do PIB nos próximos dois anos seria algo bastante difícil", comentou a presidente do Fed, apesar de ter ressaltado que há um "nível razoável de confiança" de que a expansão econômica americana irá continuar. Para ela, o potencial de crescimento da economia americana é "muito baixo, menor que 2% no longo prazo". Em relação à reforma tributária, Yellen apontou que ela pode ajudar a produtividade caso seja projetada adequadamente. "Há um entendimento geral de que existem distorções no código tributário para empresas e, portanto, há oportunidades de melhoras", disse.
Yellen também foi questionada sobre a atual situação da inflação nos EUA. Para ela, a economia global não é a principal responsável pelo baixa alta de preços, e os preços importantes estão subindo a um ritmo "moderado". A dirigente comentou, ainda, que "estamos assistindo à inflação com bastante cuidado" e que "não estamos vendo uma pressão substancial nos salários". Ela ressaltou que o Fomc continua com prudência para permanecer no caminho gradual de alta de juros nos EUA e que, se a avaliação sobre a inflação mudar, isso fará diferença.
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