Liquidada, Gradual fez operações irregulares e tinha patrimônio negativo
Com sede em São Paulo, a Gradual vendeu US$ 20 milhões, em um período de um ano, sem observar as regras de identificação de clientes. Também havia irregularidades quanto às regras contra a lavagem de dinheiro. A Gradual deixou de comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) movimentações atípicas.
O Broadcast apurou ainda que o BC vem acompanhando a situação da Gradual desde o fim de 2016. As irregularidades acabaram resultando, agora, na liquidação da corretora.
No comunicado da liquidação, o BC informou que a medida foi tomada em função da existência de "graves violações às normas legais e regulamentares que disciplinam a atividade da Gradual CCTVM, o comprometimento de sua situação econômico-financeira, bem como a existência de prejuízos que sujeitam a risco anormal seus credores foram as razões que levaram à liquidação da empresa".
De acordo com o BC, a Gradual não tem vínculos com qualquer conglomerado bancário e tem baixa relevância no Sistema Financeiro Nacional, representando apenas 0,003% do ativo total e 0,07% dos recursos administrados de terceiros. A instituição foi responsável por 0,04% do movimento total de câmbio realizado no quarto trimestre de 2017.
Acusações
A liquidação da Gradual pelo BC não está ligada, segundo apurou o Broadcast, à operação recente da Polícia Federal que atingiu a corretora. Durante a Operação Encilhamento, deflagrada pela PF no início de abril, foram presos os sócios da Gradual, Fernanda de Lima e Gabriel Correa. Posteriormente, ambos foram soltos.
A PF apurava fraudes envolvendo a aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento. A suspeita é de que os fundos têm debêntures (título de dívida que gera direito de crédito ao investidor) sem lastro que ultrapassam R$ 1,3 bilhão.
Segundo relatório da investigação, a empresa ITS, ligada à Gradual e seus diretores, emitiu debêntures sem lastro. Ela seria uma "empresa de fachada".
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