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Cenário externo se tornou mais desafiador nas últimas semanas, diz Ilan

Altamiro Silva Jr. e Vinicius Neder

Rio

25/05/2018 10h27

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira, 25, que o cenário externo se tornou mais desafiador nas últimas semanas, entre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de março e a mais recente, de maio, que surpreendeu o mercado e manteve a taxa básica Selic em 6,5% ao ano.

"Desde a reunião de março do Copom, o cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes", afirmou Ilan Goldfajn, em discurso na abertura do XX Seminário Anual de Metas para a Inflação, organizado pelo BC no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente do BC, os choques externos devem ser combatidos apenas em seu impacto secundário, mas a reação da política monetária a esses choques não deve ser mecânica.

"Os membros do Comitê entendem que pode haver impactos do choque externo na economia brasileira, mas enfatizamos que é essencial entender que a política monetária não reagirá a esses impactos de forma automática, uma vez que suas implicações para a política monetária dependem da forma como o choque poderá se transmitir às expectativas, às projeções de inflação e ao balanço de riscos. Choques externos devem ser combatidos apenas no impacto secundário que poderão ter na inflação prospectiva. Portanto, não há relação mecânica entre o choque externo e a política monetária", disse Ilan Goldfajn.