Cade enviará ao STF parecer contrário a tabelamento de frete
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) enviará até sexta-feira (14) um parecer contrário ao tabelamento do frete no transporte de cargas.
Segundo o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, a manifestação do conselho ao STF (Supremo Tribunal Federal) deverá citar a jurisprudência do órgão, que permite a utilização de tabelas de preços de referência, em que cada empresa pode cobrar mais ou menos pelo produto, mas proíbe a adoção de tabelas de preços mínimos obrigatórias, por entender ser prejudicial à competição.
O tribunal do Cade já condenou outras tabelas de preços em setores, como honorários médicos, corretagem de imóveis e autoescolas.
Na última quarta-feira (13), o ministro do STF Luiz Fux deu um prazo de 48 horas para que autoridades se posicionem sobre a medida provisória que estabeleceu preço mínimo para fretes, incluindo o Cade.
Também terão que se manifestar o presidente Michel Temer, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a Secretaria de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência do Ministério da Fazenda.
A decisão de Fux foi tomada no âmbito de uma ação direta de inconstitucionalidade movida pela ATR Brasil (Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil) contra a medida provisória.
No fim de maio, o presidente Michel Temer editou a MP prevendo a criação de uma tabela de preços mínimos para o frete rodoviário. A tabela foi mal recebida principalmente entre os agricultores e paralisou o transporte no país.
Tabelamento é anticompetitivo, diz Cade
Em entrevista ao Broadcast no fim de maio, o superintendente-geral do Cade, Alexandre Cordeiro Macedo, disse que, do ponto de vista da concorrência, o tabelamento de preços mínimos para o frete é ruim e anticompetitivo.
"O Cade defende que os preços devem ser livres, o mercado que tem que determinar. Sob o ponto de vista da concorrência, tabela é ruim porque não tem mais competição por preço", afirmou.
Na entrevista, Cordeiro ponderou que o Estado poderia fazer uma "opção política" para regular o setor, e aí não caberia ao Cade avaliar.
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