China e UE formam grupo para modernizar e discutir regras globais de comércio
Ambas as partes acordaram em trocar o acesso ao mercado na próxima cúpula entre a União Europeia e a China - que acontecerá nos dias 12 e 13 de julho, em Pequim - para dar um impulso político a um ambicioso acordo global sobre investimento entre UE e China, tanto em termos de liberalização do investimento como de proteção.
A UE e a China expressaram em conjunto o apoio ao sistema de comércio multilateral baseado em regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). A UE e a China concordaram em criar um grupo de trabalho para cooperar concretamente na reforma para ajudar a OMC a enfrentar novos desafios e desenvolver novas regras em áreas-chave relevantes para o campo de atuação global, como os subsídios industriais.
O vice-presidente da Comissão Européia, Jyrki Katainen, disse que a ação unilateral do presidente dos EUA, Donald Trump, em disputas sobre o aço, política de tecnologia da China
e outras questões destacaram a necessidade de modernizar as regras da OMC, levando a organização a refletir a evolução da economia mundial.
"Estou confiante de que as trocas que tivemos com o meu novo colega, Liu He [vice-primeiro-ministro da China], serão úteis na preparação do caminho para uma cúpula bem sucedida entre a União Europeia e a China. No campo econômico e comercial, estou particularmente satisfeito com o progresso alcançado em nossas negociações de investimento e aguardo com expectativa a troca de ofertas na cúpula", disse Katainen.
No final do mês passado, Trump aplicou tarifas de 25% sobre aço importado e 10% sobre
alumínio da UE e Canadá, justificando que os metais importados ameaçavam a segurança nacional dos EUA.
Trump também começou uma briga comercial com a China destacando táticas da China de forçar empresas americanas a entregar tecnologia em troca de acesso ao mercado chinês. Neste contexto, a Casa Branca anunciou planos para impor tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses. Pequim, por outro lado, anunciou retaliação na mesma proporção, levando Trump a ameaçar tarifas em mais US$ 200 bilhões de bens chineses.
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