Setor externo tem superávit de US$ 729 milhões em maio, revela BC
O resultado efetivo de maio foi pior que o superávit de US$ 2,751 bilhões verificado em maio do ano passado.
O número do mês passado ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de superávit de US$ 200 milhões a superávit de US$ 2,100 bilhões (mediana positiva de US$ 939 milhões). A estimativa atual do BC, atualizada em março, é de que o rombo externo de 2018 seja de US$ 23,3 bilhões.
A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 21,972 bilhões em maio, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 13,623 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 13,431 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou no vermelho em US$ 1,617 bilhão.
No acumulado de 2018, o rombo nas contas externas soma US$ 4,022 bilhões.
Já nos 12 meses até maio deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 13,040 bilhões, o que representa 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB). Este porcentual de déficit ante o PIB é o maior desde agosto do ano passado (0,69%).
Lucros e dividendos
A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 1,564 bilhão em maio, informou o Banco Central. A saída líquida representa um volume menor que os US$ 1,381 bilhão enviados em igual mês do ano passado, já descontados os ingressos.
No acumulado do ano, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 5,640 bilhões. A expectativa do BC é que a remessa de lucros e dividendos deste ano some US$ 24,5 bilhões.
O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 797 milhões em maio, ante US$ 9,797 bilhões em igual mês do ano passado.
No acumulado do ano, essas despesas alcançaram US$ 7,896 bilhões. Para este ano, o BC projeta pagamento de juros no valor de US$ 19,4 bilhões.
Viagens internacionais
A conta de viagens internacionais voltou a registrar déficit em maio, informou o Banco Central. No mês passado, quando o dólar subiu 7,35% ante o real (considerando a ptax), a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil foi de um saldo negativo de US$ 1,187 bilhão. Em igual mês de 2017, o déficit nessa conta foi de US$ 1,077 bilhão.
O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,615 bilhão em maio. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 429 milhões no mês passado.
No ano, o saldo líquido dessa conta está negativo em US$ 5,224 bilhões. Para 2018, o BC estima um déficit de US$ 17,3 bilhões para esta rubrica, mais que os US$ 13,192 bilhões de déficit registrados em 2017.
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