Debênture isenta de IR passa de R$ 10 bilhões no 1º semestre
Com as aplicações de renda fixa recuperando o brilho na prateleira de investimentos, este produto é uma das apostas para quem quer diversificar e não está olhando tanto para o prazo da aplicação e o risco. Esses títulos de longo prazo têm isenção de Imposto de Renda. Em contrapartida, o governo exige que as companhias usem o dinheiro para projetos de infraestrutura.
A emissão recorde das debêntures com este fim chegou a superar em seis meses todo o ano de 2017, quando somaram R$ 9 bilhões, segundo a B3. Elas também lideram em número de captações e respondem por 57% do que foi arrematado pelo mercado de capitais em 2018. O total captado foi de R$ 9,6 bilhões, contra R$ 2,1 bilhões do mesmo período de 2017. A alta foi de 353%, segundo a Anbima, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
Como catalisadores desse avanço, José Eduardo Laloni, diretor da associação, cita a queda da Selic, que levou os investidores a olharem para outros produtos menos conservadores, não só o Tesouro, por exemplo. Outro passo favorável foi a ação do BNDES de frear os desembolsos para as empresas, forçando-as a buscarem outros meios de arrecadar recursos. Em maio, o BNDES anunciou que vai destinar R$ 5 bilhões para fundos de infraestrutura, o que cresce os olhos dos gestores institucionais, detentores de 57,9% das debêntures incentivadas. "Com esse fomento, a lógica é que democratize o acesso a essa aplicação, melhore o arcabouço legal, a concentração e flexibilize mais o prazo de alocação."
Os fundos minimizam o risco dessa aplicação, explica Rafael Zlot, sócio e gestor de crédito do Brasil Plural, pois une em um lugar só diversas empresas e deixa a escolha a cargo de um profissional. Por não contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, de até R$ 250 mil, o investidor precisa escolher com cautela a empresa na qual vai investir, para não correr o risco de levar um calote.
Zlot diz que o pior para as empresas de infraestrutura já passou. "Elas são sobreviventes do cenário horrível de 2015 e 2016, estão em um novo momento e melhor", diz.
A rentabilidade das debêntures incentivadas segue, em geral, uma taxa prefixada mais a inflação pelo IPCA. O retorno real médio foi de 6,2% no primeiro semestre de 2018. Já o Tesouro IPCA está com taxa de 5,77%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.