IABr não vê movimento no Brasil para defender mercado interno
"Nós somos contra o protecionismo, defendemos a isonomia, mas questionamos se o Brasil poderá desejar ser liberal em um mundo protecionista", disse Leite, em coletiva de imprensa.
O IABr revisou para baixo nesta quarta-feira, 25, suas estimativas para o setor para este ano, por conta do protecionismo global e também por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros.
O executivo disse ainda que a indústria brasileira não é uma prioridade do governo. "O cenário que a indústria vive é de perda de participação. A participação no PIB registra uma queda gradativa. O Instituto Aço Brasil tem estimulado o debate em torno dessa questão", disse.
O presidente executivo do IABr , Marco Polo de Mello Lopes, disse que o assunto tem sido levado à equipe econômica dos candidatos e destacou que, com exceção do programa de Ciro Gomes e Marina Silva, o restante dos programas têm consenso em questões que devem ser endereçadas, como a reforma da Previdência, reforma trabalhista e privatizações.
Lopes disse ainda que a indústria brasileira passou anos se capacitando para fazer parte do desenvolvimento do País, mas que hoje no Brasil o assunto de conteúdo nacional virou um tabu por ele ter existido no governo anterior. "Em infraestrutura, por exemplo, não adianta trazer o capital chinês, que traz tudo. A indústria brasileira quer participar desse processo, queremos ver a indústria como uma prioridade do País e participar do processo de desenvolvimento", destacou.
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