Confiança da construção sobe 1,7 ponto em julho, para 81 pontos, revela FGV
"A Sondagem mostra que a queda da confiança observada no mês passado foi exagerada, um efeito do ambiente conturbado pela greve dos caminhoneiros" aponta em nota Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.
Entretanto, outros fatores pesaram sobre a confiança dos empresários. "O indicador não retornou ao patamar anterior, o que decorre de outro fator apontado pelos empresários em junho: o ritmo lento de retomada da economia. A frustração com o crescimento está levando a um ajuste de expectativas", explica. "A própria atividade do setor segue avançando muito devagar, corroborando o sentimento mais pessimista dos empresários", complementa Ana Maria.
A alta da confiança da construção verificada em junho foi influenciada principalmente por perspectivas de curto prazo dos empresários do setor, aponta a FGV.
O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,7 pontos, recuperando parcialmente o tombo de 6,5 pontos do mês anterior, atingindo 91,0 pontos. O patamar é o segundo mais baixo do ano e segue inferior ao verificado no início de 2018. O indicador que acompanha a "tendência dos negócios para os próximos seis meses" teve avanço de 3,3 pontos, para 91,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou praticamente estável, com recuo de 0,1 ponto porcentual, alcançando 65,5%. Ao mesmo tempo, o Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos trabalharam em sentidos opostos, com variações de -0,2 p.p. e 0,6 p.p., respectivamente.
Contratações
Os recentes acontecimentos levaram os empresários a calibrar as perspectivas de curto prazo para contratações, revela a FGV. O ímpeto de contratação das empresas sofreu queda de 0,1 ponto porcentual no indicador, marcando o segundo mês consecutivo de queda.
Conforme o relatório da FGV, a proporção de empresas projetando redução no quadro de pessoal nos próximos três meses passou de 24,5% em junho para 23,4% em julho, enquanto que aquelas que esperam contratar mais caiu de 18% para 15,7% no mesmo período de comparação.
"A piora pelo segundo mês consecutivo do indicador de contratação, reflete o desânimo empresarial com o ritmo de retomada da atividade", observa Ana Maria.
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