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Retirada de estímulo do BCE será gradual, mas é importante fazê-la, diz Weidmann

Berlim

23/08/2018 09h21

Presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) irá retirar apenas gradualmente os estímulos econômicos, mas também advertiu contra uma demora para começar isso. "O processo de normalização ocorrerá apenas gradualmente ao longo dos próximos anos", afirmou. "É exatamente por isso que é tão importante fazer isso acontecer sem atraso."

O BCE disse esperar o início da redução gradual no programa de compra de bônus até o fim deste ano, embora tenha sinalizado também que os juros seguirão no patamar atual pelo menos até o verão europeu de 2019, que começa em meados de junho.

Também dirigente do BCE, Weidmann disse que as políticas do BCE contrastam com a melhora da economia da zona do euro. "As forças subjacentes que impulsionam a atividade econômica seguem intactas", afirmou, acrescentando que a equipe do BCE projeta inflação de 1,7% até 2020, o que é "em geral consistente" com a meta de médio prazo de quase 2% da instituição. Segundo ele, nesse contexto é importante começar a retirar estímulos, "especialmente considerando seus possíveis efeitos colaterais". Weidmann não pressionou, contudo, por um aperto mais rápido do que o anunciado pelo BCE.

Sobre a Alemanha, a autoridade previu que a força econômica do país será mantida neste ano, mas em patamar menor que em 2017. As incertezas aumentaram, comentou, "notadamente o risco de uma intensificação nos conflitos comerciais internacionais". Fonte: Dow Jones Newswires.