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Indicador de incerteza cai em agosto mas segue elevado

Daniela Amorim

Rio

29/08/2018 08h39

O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 1,5 ponto na passagem de julho para agosto, alcançando 114,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador persiste na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo sexto mês consecutivo.

"Apesar da leve queda no mês, o Indicador de Incerteza mantém-se em patamar elevado. Entre os fatores a sustentar este resultado estão os níveis elevados de incerteza eleitoral, uma vez que não se sabe, por exemplo, se os ajustes necessários de natureza fiscal serão realizados pelo próximo governante. Há aumento da incerteza também no front externo. A crise da lira turca contribuiu para a elevação da incerteza econômica brasileira, refletindo-se na desvalorização do real frente ao dólar. Dado o cenário atual, espera-se que o indicador continue elevado nos próximos meses", avaliou a pesquisadora Raíra Marotta, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IIE-Br passou a integrar o calendário de divulgações de indicadores econômicos do Ibre/FGV no fim de 2016. O índice mensal é composto por três componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA; e o IIE-Br Mercado, baseado na volatilidade do mercado financeiro.

Em agosto, o IIE-Br Mídia subiu 0,3 ponto, enquanto o IIE-Br Expectativa caiu 8,2 pontos. A coleta do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.