Gasolina acumula alta de 45,7% nas refinarias desde fevereiro
O preço do litro da gasolina nas refinarias subiu na quarta-feira, 5, para R$ 2,20, com o reajuste de 1,68% anunciado na terça-feira, 4, pela Petrobras. Em quase seis meses, desde 19 de fevereiro quando a estatal passou a divulgar o preço médio diariamente em seu site, o valor do combustível nas refinarias acumula alta de 45,7%.
Para o consumidor, o reajuste foi menor por causa da concorrência entre postos que enfrentam dificuldades para repassar aumentos por causa da atividade fraca, disse o presidente do Sincopetro no Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia. Em julho e agosto, as vendas caíram 20% e 12%, respectivamente no Estado de São Paulo em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP) aponta que, entre fevereiro e agosto, o preço médio da gasolina subiu quase 7% nos postos do País. Apesar da alta no varejo ser menor do que nas refinarias, ela foi suficiente para provocar estragos na inflação.
Com o reajuste que começou a valer nesta quarta, economistas ampliaram em até 0,10 ponto porcentual a expectativa de inflação oficial, medida pelo IPCA, para setembro. "O novo reajuste da gasolina vai pressionar a inflação de setembro", disse o economista da Rosenberg Associados, Leonardo França Costa. Ele, que esperava alta de 0,22% do IPCA de setembro, agora projeta 0,30%.
Fabio Romão, economista da LCA Consultores, também reviu a projeção do IPCA de setembro e outubro por causa da alta da gasolina. O IPCA de setembro, que deveria ter avanço de 0,35%, deve subir para 0,41%. O de outubro, inicialmente projetado com alta de 0,32%, deve ficar em 0,35%. Mas ele não mudou a projeção para o ano de 4,20%. "O câmbio deve ficar pressionado até outubro." E boa parte do reajuste da gasolina se deve à disparada do dólar
Essa também é a avaliação do economista Fabio Silveira, sócio da MacroSector. Ele projetava aumento de 0,30% para o IPCA de setembro e de outubro. Agora, com a alta da gasolina na refinaria, espera uma avanço de 0,40% para a inflação de setembro e de 0,35% para outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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