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Não dá para trabalhar sem segurança jurídica, diz Cyrela sobre distratos

Circe Bonatelli e Cynthia Decloedt

São Paulo

14/09/2018 14h20

O fundador e presidente do conselho de administração da Cyrela Brazil Realty, Ellie Horn, cobrou agilidade na atuação do governo federal para regulamentação dos distratos, que têm revertido as vendas de imóveis e provocado insegurança jurídica ao setor.

"Não dá para trabalhar sem segurança jurídica. Quando as rescisões estão maiores que as vendas é um mau sinal. O setor como um todo está mal", disse Horn, durante evento organizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

"Nós temos que mexer com as autoridades. Não somos prostitutos, não temos bordéis. O governo tem que pensar no setor", enfatizou. Horn disse que os dirigentes das associações empresariais querem trabalhar, mas são obrigados "a passar o dia em Brasília" fazendo lobby.

Horn ainda classificou o distrato como uma piada jurídica, que tem tirado a credibilidade do País. "Os investidores estão pouco propensos a investir no setor. O Brasil está desacreditado no exterior."