Parente: sem simplificação, indústria exporta tributo e perde competitividade
Parente cobrou também a modernização da estrutura pública para agilizar o suporte ao setor, "com mais recursos e mais gente para ter mais tempestividade", além de uma ação comercial mais agressiva também do setor privado, como ocorre com os competidores brasileiros, de acordo com ele. "A indústria também precisa ter maior presença e efetividade na divulgação dos nossos produtos, além de uma ação de levantamento de barreiras tarifárias e não tarifárias", avaliou.
De acordo com o CEO da BRF, as negociações comerciais passam também por "chegar como velhos produtos e novos mercados", como Japão, Coreia do Sul e Tailândia, e de novos produtos aos mercados já cativos. "Obviamente precisamos também adicionar valor aos produtos, porque senão vamos seguir apenas como exportadores de commodities", completou.
Parente elogiou pontos das novas regras sanitárias para alimentos no País, como o autocontrole feito pelas indústrias e a ação de funcionários do Ministério da Agricultura, "que agora agem de forma mais preventiva e menos punitiva". Do outro lado, o executivo criticou a o funcionamento irregular da plataforma de registro de alimentos e a falta de clareza das regras regulatórias, o que pode levar, segundo ele, "a indústria a erros de classificação fiscal, por exemplo, que pode levar a questionamentos".
Em palestra sobre alimentos processados no evento na cidade do interior paulista, Parente lembrou que 18 das 35 unidades da BRF no País têm operações voltadas a esse tipo de produtor. A companhia vendeu 1,5 milhão de toneladas de alimentos processados no Brasil em 2017.
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