Aumento do déficit primário está concentrado no Governo Central em agosto, diz BC
"A receita se reduziu porque houve montante significativo de transferência da União para Estados e municípios em agosto. Fundamentalmente, transferência de royalties (de petróleo). Isso também explica o superávit dos governos regionais", disse Rocha.
Em agosto, os governos regionais tiveram superávit primário de R$ 3,383 bilhões, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em dezembro de 2001.
Conforme Rocha, o pagamento maior de royalties aos governos regionais decorre da melhora dos preços do petróleo no mercado internacional.
Por outro lado, ele pontuou que as despesas com o INSS em agosto seguiram elevadas, resultando em um déficit primário de R$ 18,017 bilhões. "Foram as maiores para o mês na série", disse.
Despesa com juros
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central afirmou que as despesas com juros aumentaram em agosto em função das perdas incorridas com a posição de swaps cambiais do BC. No mês passado, o pagamento de juros totalizou R$ 60,052 bilhões, acima dos R$ 25,762 bilhões de julho e dos R$ 36,012 bilhões de agosto de 2017.
"A razão para o aumento pronunciado no pagamento de juros em agosto é a perda com swaps", pontuou Rocha.
A posição vendida do BC em swaps gerou R$ 28,6 bilhões em perdas com swaps em agosto, em função da desvalorização cambial no período. "Não fosse o swap, haveria redução na despesa com juros em agosto ante agosto de 2017", disse Rocha.
Segundo ele, os R$ 60,052 bilhões das despesas com juros em agosto são recorde para o mês em toda a série histórica do BC. A série histórica do BC foi iniciada em dezembro de 2001. Considerando todos os meses, o montante é o maior desde setembro de 2015 (R$ 69,99 bilhões).
Déficit nominal
Com o déficit primário de R$ 16,876 bilhões e a despesa com juros de R$ 60,052 bilhões, o déficit nominal do setor público atingiu R$ 76,928 bilhões em agosto. "Foi o pior resultado da série para meses de agosto", disse Rocha.
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