Alta no varejo em agosto ante julho é a maior desde junho de 2017, diz IBGE
De maio a julho, na série com ajuste sazonal, o varejo acumulou uma perda de 1,5%. Segundo Isabella, não houve mudança de tendência, o varejo mantém uma trajetória de crescimento lento e gradual. Após o forte impacto da greve dos caminhoneiros sobre as vendas nos últimos meses, o varejo mostra acomodação.
"O que o resultado de agosto mostra é uma recomposição para o patamar de abril, após as perdas decorrentes da greve de caminhoneiros", disse Isabella Nunes. "Houve uma desarticulação grande na economia, que vai ser sentida no desempenho deste ano. Depois da queda de maio, por conta da greve, em junho e julho o comércio vai tentando se acomodar. Houve efeito forte e pontual.
Estava fora do padrão da sazonalidade. No caso do varejo ampliado, sim, houve melhora que ultrapassou o patamar de abril. Tudo em função das vendas de veículos", explicou a pesquisadora.
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas cresceram 4,2% em agosto ante julho, o melhor desempenho desde outubro de 2012, quando tinha avançado 6,3%.
Média móvel
O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito teve alta de 0,3% em agosto, divulgou o IBGE. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o índice de média móvel trimestral das vendas aumentou 2,2% em agosto.
Revisões
O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em julho ante junho, de uma queda de 0,5% para um recuo de 0,1%. A taxa de junho ante maio passou de -0,4% para -0,2%, enquanto o resultado de maio ante abril saiu de -1,4% para -1,2%.
O resultado do varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção, também sofreu revisão. A taxa de julho ate junho passou de queda de 0,4% para redução de 0,3%. A taxa de junho ante maio saiu de alta de 2,5% para 2,7%.
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