Votorantim Energia: foco da joint venture é investir em energias renováveis
O Consórcio São Paulo Energia, formado pelos sócios, ofereceu R$ 14,60 por ação da Cesp, o que corresponde a um ágio de 2,09% ante o preço mínimo de R$ 14,30/ação. O bloco de controle colocado à venda inclui 116,4 milhões de ações pertencentes ao governo paulista.
Com isso, o consórcio pagará R$ 1,7 bilhão pela fatia de controle. O grupo precisará realizar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) obrigatória, o que pode levar o valor da aquisição a cerca de R$ 4,8 bilhões. Adicionalmente, o consórcio ainda deverá pagar R$ 1,397 bilhão de outorga pela renovação antecipada da concessão da usina de Porto Primavera, por 30 anos, até 2048. O atual contrato de concessão vence em 2028. No total, o valor total do negócio pode superar os R$ 6 bilhões.
Conforme comentou Zanfelice, a contribuição das sócias no negócio é de 50% no total. Questionado sobre a origem dos recursos e potencial financiamento, ele comentou que as empresas já têm um desenho de "estrutura que vai usar", mas indicou que essa estratégia só será divulgada após o consórcio obter todas as aprovações necessárias, como do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e assumir o ativo. "Feita a aprovação, podemos assumir a empresa e a partir dai boa parte da estratégia da empresa vamos começar a divulgar. Não gostaria de divulgar a estratégia até ter todas as aprovações", justificou.
O executivo também evitou comentar sobre potenciais ganhos de eficiência que espera obter ou a estratégia para conquistá-los, incluindo o tratamento que deve dar para os passivos que a Cesp carrega. Questionado sobre o relacionamento com as comunidades locais afetadas pelas usinas da geradora, ele comentou que assim que assumirem o ativo, serão iniciadas conversas e contatos. "Já temos uma história de tratamento com a comunidade e meio ambiente", disse.
Zanfelice comentou que especificamente o pagamento do bônus de outorga para a União pela renovação da Usina de Porto Primavera, da ordem R$ 1,4 bilhão, só acontece depois da assinatura do contrato de concessão, o que deve ocorrer entre o fim deste ano e o início do ano que vem.
A joint venture entre Votorantim Energia e a CPPIB, constituída em dezembro de 2017, representou o primeiro investimento em infraestrutura do fundo canadense no Brasil. À época, o chefe de Infraestrutura na América Latina do CPPIB, Ricardo Szlejf, havia anunciado a expectativa de investir pelo menos R$ 3 bilhões em ativos operacionais ou em desenvolvimento na geração de energia no País. Embora a empresa tenha começado com projetos no segmento eólico, o executivo sinalizava o plano de diversificar as fontes, buscando também projetos solares e hidráulicos - de grande ou pequeno porte -, dada a expertise da Votorantim em hidrelétricas.
"Estamos muito satisfeitos com a transação, vemos uma expansão da nossa parceria com o grupo Votorantim e também como uma evidência do compromisso de longo prazo com o Brasil, com a América Latina", disse. (Colaborou Letícia Fucuchima)
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