EUA não irão retomar discussões comerciais sem proposta firme da China
O impasse ameaça minar um encontro previsto para o fim de novembro entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, durante reunião de cúpula do G-20 - grupo que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo -, em Buenos Aires.
A expectativa era de que o encontro entre Trump e Xi ajudasse a reduzir as tensões comerciais. Empresas americanas tinham a esperança de que houvesse progresso suficiente nas discussões bilaterais de forma que o governo Trump suspendesse planos de elevar tarifas sobre US$ 200 bilhões em importações chinesas a partir de 1º de janeiro, dos atuais 10% para 25%. A eventual medida afetaria tanto os importadores quanto os consumidores dos EUA.
As conversas entre EUA e China estão paralisadas desde meados de setembro, quando autoridades chinesas cancelaram uma viagem a Washington depois que Washington anunciou as tarifas sobre os US$ 200 bilhões em importações chinesas. Desde então, Pequim vem tentando retomar o diálogo, tendo chegado a apelar ao Subsecretário do Tesouro dos EUA, David Malpass, que voltasse à mesa de negociações. Ele recusou o convite - com apoio da equipe comercial da Casa Branca - até que os chineses façam uma proposta formal, de acordo com autoridades americanas.
"Se a China quiser (que o G-20) seja uma reunião vantajosa, precisamos estabelecer uma base", afirmou uma alto funcionário da Casa Branca. "Se eles não nos derem qualquer informação, é simplesmente difícil ver como isso poderá ser proveitoso."
Para Pequim, apresentar uma oferta formal envolve uma série de riscos, segundo fontes do lado chinês. Em primeiro lugar, o gesto revelaria sua posição nas negociações. Além disso, o governo chinês teme que Trump torne pública qualquer eventual proposta por meio de um tuíte ou comunicado, de forma a garantir o cumprimento de eventuais concessões por parte de Pequim. Fonte: Dow Jones Newswires.
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