IPCA para 2018 passa de 4,40% para 4,23%, aponta Focus
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,97% para 3,95%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% e 3,92%, nesta ordem.
A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Na quarta-feira passada (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de outubro subiu 0,45% após 0,48% em setembro. No ano até outubro, o índice acumula alta de 3,81% e, em 12 meses, de 4,56%.
No fim de outubro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,50% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado, que utiliza o câmbio e os juros projetados no Focus como referência, a expectativa para o IPCA em 2018 é de 4,4%. Para 2019, a projeção é de 4,2% e, para 2020, de 3,7%.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 passou de 4,28% para 4,08%. Para 2019, a estimativa do Top 5 foi de 3,82% para 4,25%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,50% e 4,23%, respectivamente.
No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 foi de 3,88% para 3,75%, ante 3,88% de quatro semanas atrás.
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para a inflação em novembro de 2018, de 0,20% para 0,15%. Um mês antes, o porcentual projetado estava em 0,30%.
Para dezembro, a projeção foi de 0,29% para 0,26% e, para janeiro, de 0,46% para 0,45%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,35% e 0,45%, respectivamente.
No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,91% para 3,80% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,03%.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,28% para 4,08%, conforme o Relatório Focus. Houve 57 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,45%. No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 4,14% para 4,20%. Há um mês, estava em 4,19%.
As projeções do IPCA que consideram apenas os últimos 5 dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As estimativas gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.
Preços administrados
O Relatório de Mercado Focus indicou, ainda, alteração na projeção para os preços administrados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 7,55% para elevação de 7,48%. Para 2019, a mediana seguiu com elevação de 4,80%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 7,84% para os preços administrados neste ano e elevação de 4,80% no próximo ano.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 7,7% em 2018 e 5,4% em 2019. Estes porcentuais foram informados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro.
IGP-M
O Focus mostrou que a mediana das projeções do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de 2018 desacelerou a alta de 10,03% para 9,44%. Há um mês, estava em 9,92%. No caso de 2019, o IGP-M projetado saiu de uma variação positiva de 4,51% para 4,50%, em relação ao nível de 4,50% de quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
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