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Major Olímpio diz que Previdência não deve avançar no Congresso neste ano

Mariana Haubert

Brasília

12/11/2018 20h02

O deputado e senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 12, não ver "concretamente" a possibilidade de votação da reforma da Previdência ainda neste ano. Para ele, até mesmo a tentativa de se votar partes que não alterem a Constituição não deve surtir efeito neste fim de ano.

"Já disse aqui mais de uma vez sobre a minha incredulidade com o calendário. É necessário reformar a Previdência, ampliá-la à realidade do País. Entretanto, o relatório que temos aqui da comissão especial não passaria no começo do ano, o que motivou até a intervenção no Rio, e ele não passa hoje", disse.

"Então não vejo concretamente a possibilidade, até porque metade dos parlamentares daqui não se reelegeu, então o comprometimento com o que possam ser pautas dessa envergadura que possam ser alteradas com emenda à Constituição, eu não acredito que a gente possa ter quórum para isso mesmo", completou.

O deputado minimizou ainda a rusga entre o presidente eleito Jair Bolsonaro com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Na semana passada, Eunício Oliveira criticou o anunciado ministro da Economia, Paulo Guedes, por ele ter insistido na votação de pelo menos uma parte da reforma da Previdência, defendendo até "dar uma prensa" nos senadores.

"Acho que o cancelamento deve ter sido uma alteração de data que logicamente ele vai conversar institucionalmente como o futuro presidente, com o presidente da Casa aqui e o presidente do Senado até porque são eles os donos da pauta. ... Não vejo nenhuma dificuldade de interlocução", disse.

Doria

Olímpio contou ainda que se reuniu com o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), e relatou que afirmou a ele que o PSL irá apoiar a deputada eleita Janaína Paschoal (PSL-SP) para a presidência da Assembleia Legislativa. Olímpio disse que Doria o comunicou então que irá apoiar a reeleição do atual mandatário Cauê Macris (PSDB).

"Foi uma conversa republicana e disse a ele que, apesar das trincheiras diferentes, temos a defesa de São Paulo e da população. Mas que vamos à luta para buscar os votos para a Janaína e ele vai trabalhar pelo Cauê", disse. O deputado afirmou ainda que não houve sinalização por parte de Doria para integrar o PSL em seu governo. "Ele está fazendo escolhas absolutamente técnicas", afirmou.