Weintraub deve ser o número dois da Casa Civil
Esse trabalho já vem sendo desempenhado por Abraham e seu irmão, Arthur Weintraub, responsáveis na transição pelo tema da Previdência. Na equipe do futuro governo de Jair Bolsonaro, a avaliação é de que o início do governo será o "timing" certo para apresentar e articular a aprovação da reforma nas regras de aposentadoria e pensão no País.
A Casa Civil, que será ocupada pelo atual ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, é o órgão de assessoramento direto do presidente da República. Seu titular é considerado um dos ministros mais importantes na Esplanada dos Ministérios.
Na secretaria executiva, Abraham será não só o substituto imediato de Onyx, mas também será responsável por endereçar questões relevantes para o governo, sejam de cunho econômico ou de outras áreas. Durante a campanha e a transição, o economista também participa das discussões sobre a autonomia do Banco Central.
O futuro ministro da Casa Civil foi justamente quem fez a ponte entre os irmãos Weintraub e Bolsonaro. Onyx conheceu a dupla em um seminário internacional sobre Previdência realizado no Congresso Nacional em março de 2017, quando os parlamentares debatiam a proposta enviada pelo atual presidente Michel Temer. O hoje ministro da transição gostou das ideias apresentadas pelos irmãos e os apresentou a Bolsonaro, selando a participação de ambos no grupo que deu suporte à campanha do presidente eleito.
Previdência
A equipe de transição está analisando diferentes propostas para a reforma da Previdência para apresentar um novo texto no início do próximo governo. Uma das que estão em avaliação é a proposta coordenada pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga e pelo economista Paulo Tafner, um dos maiores especialistas em Previdência no País.
Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Tafner esteve com a equipe de transição para apresentar os detalhes da reforma projetada por seu grupo e entregar os textos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e dos projetos de lei complementar que precisariam ser encaminhados ao Congresso, caso a proposta seja levada adiante. O conteúdo ainda está sendo analisado pelo grupo que assessora o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
Um integrante da transição informou que muita coisa que está sendo apresentada ao grupo poderá ser incorporada na nova proposta em elaboração. Em paralelo, a equipe já traça uma estratégia para garantir a aprovação da medida no Congresso. A reforma da Previdência tem sido colocada como ponto central para garantir a sustentabilidade das contas públicas no País, mas o tema enfrenta fortes resistências de parlamentares e de diferentes categorias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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