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'Há que se recusar as aparentes facilidades do protecionismo', diz Temer no G20

Altamiro Silva Junior e Anne Warth, enviados especiais

Buenos Aires

30/11/2018 15h58

O presidente da República, Michel Temer, defendeu a globalização na tarde desta sexta-feira, 30, em seu primeiro discurso na reunião de cúpula do G20 e destacou que é preciso "recusar as aparentes facilidades do protecionismo e do isolacionismo". "Quero reafirmar que a escolha do Brasil é pela integração de todos", afirmou o brasileiro em suas rápidas declarações.

Temer defendeu que "mais e mais pessoas" tenham acesso aos benefícios da globalização. "A verdade é que, hoje, a globalização é fonte inegável de oportunidades. Mas é também fonte de ansiedade para parcelas significativas de nossas populações", disse ele, destacando que parte das pessoas está "sem acesso a capacitação adequada, alijada das inovações tecnológicas" e, com isso, "sente um legítimo mal-estar", sobretudo por causa das mudanças no mercado de trabalho.

Com a insatisfação de determinada parcela da população com a globalização, Temer ressaltou que surge "a tentação de soluções que podem soar simples, mas são ilusórias". O presidente defendeu que é preciso resistir. "Há que se recusar as aparentes facilidades do protecionismo, do isolacionismo. O caminho que nos cabe trilhar é o caminho que leva adiante, não o que volta atrás."

"Quero reafirmar que a escolha do Brasil é pela integração de todos às possibilidades de um mundo crescentemente interconectado", disse Temer. Em seu discurso, ele defendeu a reforma trabalhista, aprovada no Congresso em seu governo. "Temos agora arcabouço jurídico compatível com mercados de trabalho mais dinâmicos e flexíveis."