Maia defende Câmara sobre 'pautas-bombas' e critica ministro da Fazenda
Na terça-feira, 11, os parlamentares aprovaram um projeto que prorroga benefícios fiscais para empresas instaladas nas áreas de atuação das superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e também cria novos para as instaladas no Centro-Oeste (Sudeco). A matéria, que veio do Senado, segue agora para sanção presidencial. No entanto, o ministro da Fazenda já declarou que irá recomendar veto.
"A questão da Sudam e da Sudene não gera nenhum novo impacto. A parte da Sudeco gera. Tínhamos tirado, mas voltou e isso é uma questão da democracia", disse Maia que foi contra a expansão do benefício para a região do Centro-Oeste.
Nesta quarta-feira pela manhã, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o projeto terá um impacto adicional de R$ 3,5 bilhões por ano. Ele afirmou que não existe receita para fazer frente a esses valores e que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que o aumento de benefícios deve ser compensado pela criação ou aumento de alíquota de outro imposto ou redução de benefícios fiscais, o que não está previsto. Ele disse ainda que vai recomendar o veto presidencial.
Maia criticou as falas do ministro. "Guardia está sendo desleal com a Câmara dos deputados", disse. Ele afirmou que a Casa liderou votações importantes para o governo, como a cessão onerosa. "Acho que o ministro da Fazenda deveria ter o mesmo respeito pelo parlamento, que o parlamento teve por ele nos últimos 12 anos, primeiro como secretário e depois ministro", completou.
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