MDIC: novo governo diz que vai manter Programa Brasil Produtivo
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, afirmou nesta quinta-feira (20) que as importações e exportações brasileiras continuarão crescendo em 2019. Prestes a deixar o governo, Jorge evitou fazer projeções numéricas.
Apesar de o saldo comercial tender a terminar 2018 abaixo do recorde histórico de US$ 67 bilhões registrado no ano passado, o ministro disse que o desempenho da balança foi melhor em 2018 porque houve alta de 14% no fluxo de comércio e de 9,9% nas exportações.
Em um balanço de sua gestão, Jorge destacou a redução de impostos de importação de insumos e máquinas industriais, como robôs, impressoras 3D e produtos químicos.
O ministro lembrou ainda relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC) que concluiu que o Brasil foi o país que mais adotou medidas de facilitação de comércio no mundo e disse que esses indicadores deverão continuar avançando no próximo governo.
"O próximo governo deve dar continuidade à pauta de facilitação do comércio e à agenda de redução de impostos de importação que já vínhamos trabalhando", afirmou.
O ministro destacou também o programa Brasil Mais Produtivo, que, em um projeto-piloto, atingiu 3.000 empresas e levou ao aumento de 52% na produtividade com ações para reduzir desperdícios na linha de produção e capacitação de trabalhadores.
A equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já manifestou interesse em manter o programa, que, de acordo com Jorge, pode ser estendido para um número maior de empresas. "O programa é plenamente escalonável", completou o ministro.
Acordos
Jorge disse que, entre os acordos em negociação com outros países, os mais avançados são os com Canadá, Coreia do Sul e Singapura. Em relação ao entendimento entre a União Europeia e o Mercosul, o ministro disse que a parte técnica está pronta, mas que depende de vontade política. "Faltou interesse da União Europeia em fechar o acordo, o Mercosul foi muito propositivo", afirmou.
O ministro evitou comentar as declarações da chanceler alemã Angela Merkel de que o acordo será mais difícil no novo governo. "O próximo governo tem perfil mais liberal, de mais abertura", afirmou.
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