Santander paga R$ 1,4 bi por fatia de 11,5% da GetNet
Para arrematar os 11,5% das mãos dos acionistas minoritários Manzat Investimentos e Guilherme Alberto Berthier Stumpf, o Santander desembolsará R$ 1,43 bilhão. Em 2014, quando acertou a compra do controle do controle da adquirente, o banco havia pago R$ 1,1 bilhão. A opção de venda já era prevista no contrato.
De lá para cá, a adquirente mais do que dobrou sua participação no setor, saindo de 6%, em 2014, para 14,5%, em setembro. Conseguiu, assim, antecipar a meta que era prevista só para o fim de 2019. A rede de credenciados também cresceu: saltou de 400 mil para 900 mil.
A aquisição do restante da fatia da GetNet, segundo o especialista no setor de meios de pagamento Edson Santos, pode parecer um negócio caro sob a ótica do valor desembolsado pelo banco no passado, mas, quando comparado com a avaliação de outras empresas do setor, essa percepção muda.
Isso porque a Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, e a PagSeguro, do Uol, valem cerca de R$ 25 bilhões, enquanto a Stone está avaliada em cerca de R$ 20 bilhões, bem acima do preço pago pelo Santander. A diferença pode estar no fato de o preço ter sido fixado no passado, dizem fontes.
Sem abrir o próximo alvo da GetNet em termos de participação, o presidente da empresa, Pedro Coutinho, diz que o mercado de cartões deve crescer ao menos 15% em 2019, enquanto a GetNet seguirá avançando acima dos 30% em volume financeiro. "Assim dá para ganhar um pedacinho (da participação de mercado da concorrência)", afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
O executivo diz que o foco da adquirente é atender a necessidade de clientes com o desenvolvimento de soluções específicas. Foi com essa estratégia que a GetNet ganhou as contas dos postos Shell e do marketplace da Via Varejo, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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