Com visita de Macri, CNI defende ampliação de acordos e desburocratização
"Precisamos liberalizar mais o comércio de serviços entre Brasil e Argentina. Com um mercado ampliado, os serviços serão de melhor qualidade e menor custo, tornando, inclusive, a indústria mais competitiva", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi.
Em relação ao acordo de dupla tributação, a proposta é que serviços técnicos, como manutenção de máquinas, passem a ser tributados apenas no país de origem do provedor do serviço, e não nos dois, como é hoje.
A confederação também pediu a assinatura de um acordo de reconhecimento mútuo entre os programas brasileiro e argentino de Operador Econômico Autorizado (OEA), que certifica empresas exportadoras e importadoras e reduz o nível de fiscalização de seu comércio. Isso permitiria acelerar o despacho aduaneiro e reduzir em até dez vezes, segundo a entidade, o tempo gasto para liberar as operações de importação e exportação nas fronteiras. O Brasil já assinou esse tipo de acordo com o Peru e o Uruguai.
"A Argentina é o país com o qual o Brasil está mais integrado. Precisamos avançar nas ações de facilitação de comércio para reduzir o custo de transição nos negócios e aprofundar essa integração", completa Abijaodi.
Outro ponto defendido pela CNI é o aprofundamento na integração do Mercosul, com a assinatura de acordos como de serviços, facilitação de comércio e de redução de barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias. "Temos que avançar mais e liberalizar o comércio no setor de serviços, bem como remover barreiras não tarifárias entre os sócios. O apoio da Argentina é fundamental para se avançar nessa agenda", completa o diretor.
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