Caixa pode vender suas 4 subsidiárias até junho de 2020, diz presidente do banco
No discurso de posse, o executivo havia afirmado que o objetivo era vender as quatro empresas durante os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro, mas após suas primeiras semanas no comando do banco, encurtou o prazo para meados do ano que vem.
A empresa de loterias do banco, afirmou Guimarães, tem chances de ser a primeira a lançar ações, pois já está mais preparada, disse durante palestra em evento com 650 investidores, empresários e analistas promovido pelo Credit Suisse. Ele ressaltou que o objetivo das operações não é vender 100% das subsidiárias, mas uma fatia menor e, em um segundo, uma opção é fazer uma oferta subsequente (follow-on, pelo jargão do mercado financeiro).
"Não penso que IPOs tem que ser 30%, 40% ou 50%, prefiro fazer menor." Operações menores, disse ele, conseguem atrair mais pequenos investidores. Sobre o IPO da própria Caixa, Guimarães disse que é uma decisão do ministro da Economia, Paulo Guedes. Seu mandato no banco público, disse ele, é vender as subsidiárias. O executivo ressaltou ainda que a privatização da Caixa não está em discussão no governo.
Guimarães comentou não gostar do modelo de joint venture para o banco e acredita que o mais viável é vender as empresas por meio de ofertas de ações. Ele disse que o banco planeja criar algum mecanismo nos papéis para atrair pessoas físicas.
O executivo prometeu um choque de gestão no banco. Ele destacou que só o fato de abrir o capital pode ajudar o lucro de algumas das subsidiárias aumentar em 50%, como já aconteceu com empresas semelhantes do Banco do Brasil.
Adquirência de cartões
O presidente da Caixa disse ainda que o banco estuda entrar no segmento de adquirência de cartões, que são as empresas responsáveis pelo credenciamento de estabelecimentos e captura de transações com meios eletrônicos de pagamentos. O executivo disse que a Caixa é o único grande banco a não ter esse tipo de operação com maquininhas de cartões. "Isso vai mudar em dois meses", afirmou durante palestra, sem dar detalhes do que pretende fazer.
Guimarães ressaltou que a Caixa tem 100 milhões de clientes e 96 milhões de cartões de débito, mas apenas 5 milhões de cartões de crédito e nenhum cartão de crédito consignado. Por isso, o banco planeja lançar um plástico consignado e vê chance de chegar a 30 milhões em um mês. "Há demanda fenomenal de lotéricas para um segundo produto, como seguro ou cartão de crédito consignado", comentou ele.
Não é possível, disse o presidente do banco, ter operação de cartões sem ter um adquirente. "Isso vai mudar em dois meses. O que vamos fazer? Não posso falar, mas certamente não vai ser não fazer nada." A Caixa deixa de ganhar por não ter um adquirente e não ter antecipação de recebíveis, ressaltou ele. Com as maquininhas, o banco consegue, por exemplo, fazer operações de antecipação de recebíveis.
Entre os grandes bancos, o Banco do Brasil e o Bradesco são donos da Cielo, enquanto o Itaú tem a Rede e o Santander a GetNet.
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