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Governador do RS diz ter razões para acreditar que GM não sairá do Estado

André Ítalo Rocha

São Paulo

30/01/2019 13h12

Após se reunir nesta quarta-feira com a direção da GM no Brasil, em São Caetano do Sul, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que tem razões para acreditar que a montadora não deixará de produzir em Gravataí, no interior do Estado. "Não tenho esse temor", disse o tucano.

Na reunião, o presidente da montadora para a região do Mercosul, Carlos Zarlenga, disse a Leite que, se a empresa não fizer acordos para salvar as fábricas de São Paulo, em negociações com o governo paulista e trabalhadores, a fábrica de Gravataí será afetada, porque não conseguiria manter a GM com uma participação relevante no mercado. "Mas temos confiança que uma solução será encontrada em São Paulo", disse o governador gaúcho, que se reunirá novamente com a GM daqui a 15 dias, dessa vez no Rio Grande do Sul.

Segundo Leite, Zarlenga disse na conversa que a operação da GM no Mercosul representa 5% do negócio global. A empresa apresentou prejuízo nos últimos três anos e sinalizou a funcionários das fábricas de São Paulo que pode encerrar as operações se não voltar a dar lucro em 2019. Para isso, pede socorro ao governo de São Paulo e negocia com os sindicatos para reduzir custos trabalhistas.

Em Gravataí, a GM produz dois modelos, o Onix e o Prisma, que são os mais vendidos pela empresa no Brasil. A fábrica tem capacidade de produzir 350 mil carros por ano e conta com 6 mil trabalhadores.

Em 2017, a montadora anunciou investimento de R$ 1,4 bilhão na fábrica, como parte do plano de investir R$ 13 bilhões no Brasil entre 2014 e 2019.