Bracher era um homem de negócios à frente do seu tempo, diz Trabuco Cappi
O grande legado de Fernão Bracher, segundo Trabuco, é o BBA, que foi incorporado ao Itaú, dando origem ao Itaú BBA, braço de banco de atacado da instituição. "Fernão Bracher foi, acima de tudo, um homem de fibra, que apreciava e buscava os novos desafios, pelo sentido de dever superá-los", acrescentou.
No Bradesco, o banqueiro, conforme Trabuco, desenvolveu "trabalho exemplar" como vice-presidente da seguradora e, posteriormente, do banco. "Sempre suave no trato, exibiu inteligência e capacidade de antecipar o mercado."
Trabuco lembrou ainda a atuação de Bracher no Banco Central, por qual teve duas passagens, de 1974 a 1979, quando ocupou a Diretoria de Câmbio, e de 1985 a 1987, como presidente do órgão regulador do setor bancário. "Era uma época de redemocratização política e crise na balança de pagamentos. Logo, assumiu o Banco Central e contribuiu para o primeiro plano heterodoxo contra a inflação, o Plano Cruzado", destacou.
Bracher faleceu nesta segunda-feira, 11, aos 83 anos, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de complicações associadas a uma queda com trauma cranioencefálico.
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