Confiança do consumidor cai 0,5 ponto em fevereiro ante janeiro, revela FGV
"Após quatro meses de alta, a confiança acomodou em fevereiro influenciada por uma reavaliação das expectativas. As previsões dos consumidores sobre economia e situação financeira das famílias, que atingiram níveis próximos ao máximo da série em janeiro, recuaram, o que parece normal após a onda de otimismo pós período eleitoral. É possível que nos próximos meses, a tendência de altas moderadas do ISA e reavaliação do IE persistam levando a uma gradual convergência entre os dois", avaliou Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) manteve a trajetória de alta pelo quarto mês consecutivo ao subir 1,3 ponto, para 78,1 pontos, o maior nível desde abril de 2015. Já o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 1,7 ponto, para 109,0 pontos.
O item que mede a avaliação sobre a situação econômica atual avançou 1,2 ponto, para 85,4 pontos, maior nível desde dezembro de 2004. O componente sobre a percepção em relação às finanças familiares no momento presente cresceu 1,5 ponto, para 71,4 pontos. No entanto, o item que avalia o grau de otimismo com a situação financeira das famílias nos próximos meses foi o que mais contribuiu para o recuo do ICC em fevereiro, com queda de 5,7 pontos, para 105,9 pontos. O componente sobre as perspectivas futuras para a situação econômica diminuiu 4,3 pontos, para 126,6 pontos.
Mesmo com a acomodação das expectativas, os consumidores aumentaram a intenção de compras nos próximos meses, ressaltou a FGV. O componente de ímpeto de compras subiu 5,0 pontos, para 92,6 pontos, o maior patamar desde outubro de 2014.
Entre as faixas de renda, a maior queda na confiança ocorreu entre as famílias mais pobres, que recebem até R$ 2.100,00 mensais: a redução na confiança foi de 6,2 pontos, para 96,9 pontos em fevereiro, por conta do pessimismo em relação às perspectivas com a situação financeira.
A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.967 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 19 de fevereiro.
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