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Garrido: União economiza R$ 23,5 bi com hora extra, FGTS, cargos de confiança

Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli

Brasília

20/03/2019 20h08

O assessor especial do ministro da Defesa, general Eduardo Castanheira Garrido Alves, disse que a União "economiza muito com os militares" porque não paga hora extra, adicional noturno, periculosidade, FGTS e cargos de confiança. Pelos cálculos do Ministério da Defesa, a União deixará de pagar R$ 23,5 bilhões em 2019 com esses itens que não fazem parte da carreira militar. Garrido deixou claro que as Forças Armadas não querem passar a receber esses benefícios, mas ponderou a necessidade de reestruturação das carreiras, prevista no projeto de lei enviado nesta quarta ao Congresso.

Ele ponderou que os militares têm peculiaridades específicas à carreira e que quaisquer mudanças nas regras dos militares não podem ser tomadas apenas "com viés de curto prazo de se reduzir gastos a qualquer custos", ignorando todo o seu impacto sobre a organização das Forças Armadas. "Ela é perigosa", advertiu Garrido.

Segundo ele, 45% dos militares recebem até dois salários mínimos. Entre as peculiaridades, ele citou risco de morte, proibição de greve, ausência de adicional noturno, rígida disciplina, falta de hora extra, mudanças constantes para toda a família, disponibilidade permanente e restrição de direitos sociais e políticos. O general reforçou a importância das Forças Armadas para a segurança nacional de 8,5 milhões de quilômetros quadrados.