Maia: 'O que me preocupa é ver o que vai acontecer com o Brasil sem a reforma'
"Eu não tenho condição de ficar na CCJ debatendo reforma. Meu limite é ir até a CCJ com ele (Guedes) e mostrar meu apoio a ele e à proposta. E é isso que vou fazer. Dentro do meu quadrado, todo meu apoio à tramitação e aprovação da previdência", disse.
Apesar do cancelamento da ida do ministro à CCJ, Maia manteve sua postura de demonstrar apoio a Guedes. "O ministro Guedes tem toda confiança do parlamento, todo apoio dos partidos que tem dialogado e participado de reuniões com ele", disse. "Acho que ele pensou que não teria apoio do plenário da CCJ e achou melhor não vir. Eu disse a ele: 'ministro, o senhor já deu demonstrações de que respeita o parlamento brasileiro, se a sua decisão for essa, eu como presidente da Câmara, vou respeitar e conversar com os líderes partidários para que a gente encontre uma data para que se possa continuar debatendo", afirmou Maia.
Maia afirmou que o presidente da CCJ, Felipe Francischini, poderia indicar já um relator e frisou que seria uma boa ideia ser alguém do próprio PSL. "Ele vai ter mais apoio e melhores condições de dialogar com o ministro e com o líder do governo para construir um diálogo, uma maioria na Câmara dos Deputados", comentou.
Sobre o documento dos líderes do Centrão que fala sobre a retirada do BPC e da aposentadoria rural da PEC, Maia disse que a iniciativa "é uma boa". "Acho que os dois temas têm mais atrapalhado do que ajudado a reforma da Previdência. O BPC e a aposentadoria rural não são, do ponto de vista fiscal, o principal problema", afirmou.
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