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Atividades varejistas que dependem de renda mais folgada não mostram crescimento

Daniela Amorim

Rio

09/04/2019 14h18

Os dados de fevereiro do comércio varejista sinalizam uma estabilidade, segundo Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada em 12 meses passou de 2,2% em janeiro para 2,3% em fevereiro.

"Atividades que dependem de uma renda mais folgada das famílias não estão mostrando retomada (para o território positivo em 12 meses), só as atividades básicas. É uma característica do varejo atualmente", apontou Isabella Nunes. "A palavra estabilidade está muito presente nos resultados de fevereiro do varejo", completou.

Segundo a pesquisadora do IBGE, a recuperação no setor ainda é lenta em resposta a um mercado de trabalho com geração modesta de empregos.

"A taxa de desocupação cresceu nesse mês de fevereiro, um milhão de desocupados a mais. A massa (salarial) está estável, por conta de uma reposição do salário mínimo. Se você não tem geração de empregos virtuosa, nem em quantidade nem em qualidade, o comércio reage. A inflação está mais comportada do que no ano anterior, tem vários grupamentos com menor inflação, mas ainda assim a massa de salários que circula na economia não cresce", ressaltou Isabella Nunes.