Mais da metade da alta do IPCA no ano está concentrada em 6 itens, diz IBGE
O IPCA saiu de um avanço de 0,43% em fevereiro para uma elevação de 0,75% em março. No entanto, apenas seis itens foram responsáveis por mais da metade (52,98%) da alta de 1,51% acumulada pela inflação no primeiro trimestre de 2019.
Os seis vilões foram feijão-carioca (com alta de 105,00% e impacto de 0, 16 ponto porcentual no IPCA do ano), cursos regulares (alta de 4,93% e impacto de 0,16 p.p.), ônibus urbano (alta de 5,15% e contribuição de 0,14 p.p.), batata-inglesa (aumento de 59,18% e impacto de 0,12 p.p.), frutas (alta de 11,51% e contribuição de 0,12 p.p.) e plano de saúde (aumento de 2,41% e impacto de 0,10 p.p.).
"A alta é pontual. Os Transportes vêm protagonista às vezes positivamente, às vezes negativamente. Nos alimentos, essa pressão me parece pontual por conta de clima. O feijão subiu bastante, o tomate sofre muito com essas variações climáticas, isso acaba tendo influência na cesta de consumo das famílias. A batata também", lembrou Gonçalves.
A taxa acumulada em 12 meses pelo IPCA também acelerou na passagem de fevereiro para março, passando de 3,89% para 4,58%. Mas, para o pesquisador do IBGE, a inflação mostrará melhor a tendência dos preços depois que o impacto da greve de caminhoneiros, que elevou o IPCA do mês de junho de 2018 a um pico de 1,26%, sair dessa conta.
"Quando a taxa em 12 meses estiver sem esse evento pontual em junho de 2019, a gente vai ter uma ideia melhor de como esses 12 meses trajetória da taxa em 12 meses estão se comportando", ponderou Gonçalves.
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