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Presidente do BC da China diz que protecionismo limita cooperação entre países

Washington

13/04/2019 20h41

O presidente do Banco Popular da China (Banco Central da China), Chen Yulu, disse que o crescente protecionismo comercial, na forma de tarifas retaliatórias, já começou a interromper as mudanças no fornecimento global. "O protecionismo de alguns países prejudicou a confiança mútua entre os países, limitou as possibilidades de cooperação multilateral e impediu a disposição de alcançá-lo", afirmou.

O tom do líder asiático destoou da linha adotada por um grupo de autoridades financeiras globais que prometeram uma cooperação mais estreita nos esforços para combater a desaceleração da economia global. As declarações foram concedidas, em coletiva de imprensa, no encerramento do encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional do (FMI), ocorrido neste sábado, em Washington. O evento reuniu líderes de instituições financeiras de 189 países.

"Unilateralismo e protecionismo só podem exacerbar desequilíbrios internos e prejudicar os ajustamentos estruturais necessários, que pode afetar negativamente os países em causa comum como o crescimento global", afirmou. Em um conflito comercial, que se arrasta desde julho do ano passado, Estados Unidos e China aplicaram sobretaxas no valor de US$ 350 bilhões em mercadorias.

Separadamente, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, afirmou que as duas potências continuam fazendo progressos nas negociações comerciais e estão "se aproximando da rodada final das últimas questões". "Se formos capazes de concluir isso, será a mudança mais significativa em 20 anos nas relações econômicas entre os dois países", apontou. Entretanto, ele não forneceu detalhes sobre um possível acordo e nem uma previsão de prazo para encerramento do diálogo. Segundo Mnuchin, a proposta discutida entre os dois países tem sete capítulos.

Mnuchin disse que ele e Robert Lighthizer, representante comercial dos EUA, terão duas teleconferências na próxima semana com autoridades chinesas para trabalhar em um conjunto cada vez menor de questões. "Não quero entrar nos detalhes das negociações, especialmente nas tarifas", disse Mnuchin. Ele acrescentou que as delegações estão "discutindo se são necessárias mais reuniões presenciais". Fonte: Associated Press.